domingo, 14 de junho de 2009

A origem dos nomes dos meses do ano

A palavra calendário deriva do latim calendarium ou livro de registro, que por sua vez derivou de calendae, que indicava o primeiro dia de um mês romano.

Alguns nomes dos meses do ano remontam à época do Império Romano.

mosaic13Tudo tem inicio com o antigo calendário romano, criado, segundo as lendas, por Rómulo, cerca de 7 ou 8 séculos antes da Era  Cristã. A intenção era substituir os antigos calendários lunares, uma vez que os meses lunares faziam variar as datas das estações e das festividades religiosas, mesmo as pagãs, criando uma confusão em que ninguém se entendia.
Esse primeiro calendário romano tinha 10 meses, de 30 ou 31 dias, deixando fora  dois meses de inverno.

A seguir a origem dos nomes dos meses do ano:

Janeiro

Deriva do nome do deus Jano, o qual era representado com duas caras, uma olhando o ano que acaba e outra o que prinicipia.

Fevereiro

Mês do festival de Februália (purificação dos pecados), em Roma.

Março

Deriva do nome do deus Marte, deus da guerra e da justiça, da força e dos instintos básicos e masculino, por excelência.

Abril

Derivado do latim Aperire (por ser a época em que a terra se abre para produzir os seus frutos). Possível referência à primavera no Hemisfério Norte.

Maio

Acredita-se que se origine do nome de Maia, deusa do crescimento das plantas.

Junho

Mês que homenageia a deusa Juno, protetora das mulheres.

Julho

No primeiro calendário romano, que era de 10 meses, era chamado de quintilis (5º mês). Foi rebatizado posterirmente em homenagem ao imperador Júlio Cesar.

Agosto

Inicialmente nomeado de sextilis (6º mês), mudou em homenagem a César Augusto.

Setembro

Era o sétimo mês no primeiro calendário romano. Vem do latim septem.

Outubro

Na contagem dos romanos, era o oitavo mês.

Novembro

Vem do latim novem (nove).

Dezembro

Era o décimo mês do primeiro calendário romano.

 

Francisco Ismael Reis.

AssinaturaFundoCla

14/06/2009.

domingo, 31 de maio de 2009

O problema das idades

O problema:

Ao perguntar a idade do professor, um aluno recebeu do mesmo a seguinte “charada”: Juntos temos sete vezes a idade que você tinha quando eu tinha o dobro da idade que você tem. Daqui a dez anos eu terei o dobro da idade que você tiver. Se “P” é a idade do professor, e “A” a idade do aluno, determinar “P” e “A”.

 
A solução:

Pela leitura do enunciado, podemos concluir a existência de três situações: uma presente, uma passada e uma futura.

Para melhor compreenssão dessas três situações, vamos utilizar o gráfico a seguir, representando a linha do tempo:

    Na situação presente, a idade do professor será representada por P e a do aluno por A;
    Na situação passada, a idade do professor será representada por P – X e a do aluno por A – X;
    Na situação futura, a idade do professor será representada por P + 10 e a do aluno por A + 10.

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    Na situação presente o professor diz ao aluno:
Juntos temos sete vezes a idade que você tinha.
O que se traduz por: P + A = 7(A – X).
     Na situação passada, segundo o professor:
Quando eu tinha o dobro da idade que você tem.
O que se traduz por: P – X = 2A.
    Na situação futura:
Daqui a dez anos eu terei o dobro da idade que você tiver.
O que se traduz por: P + 10 = 2(A + 10).

Resolvendo, por qualquer processo, o sistema:

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encontraremos que  P = 50  e  A = 20.

 

Francisco Ismael Reis

AssinaturaFundoCla

31/05/2009.

sábado, 30 de maio de 2009

O dodecaedro

Dodecaedro

O número de faces de um dodecaedro, o 4.° dos sólidos platônicos, é 12. Ele tem também 20 vértices e 30 arestas, sendo dual do icosaedro. Se os pontos médios das faces vizinhas de um dodecaedro regular forem unidos, por exemplo, eles formam um icosaedro regular.

Icosahedron

O icosaedro regular pode ser visto como um antiprisma com extremos pentagonais, mais duas pirâmides pentagonais. Não é surpreendente que a pre­sença de pentágonos regulares signifique também a presença da secção dourada. Em particular, se arestas opostas do antiprisma forem unidas, são obtidos 3 retângulos cujos lados estão no quociente dourado, com ângulos retos entre eles.

É um fato extraordinário, que à primeira vista parece absurdo, que, se um dodecaedro e um icosaedro estiverem ambos inscritos em esferas idênticas, o dodecaedro ocupe um volume maior, embora o icosaedro tenha mais faces e pareceria, por isso, naturalmente «encaixar melhor». De fato, o dodecaedro ocupa aproximadamente 66,5 % da esfera, enquanto o icosaedro ocupa apenas 60,56 %.

O dodecaedro rômbico, descrito pela primeira vez por Kepler, também tem 12 faces. Imagine cubos empacotados para preencher um espaço. Os 6 cubos adjacen­tes a um outro podem ser cortados em 6 pirâmides, unindo os seus centros aos vértices. Se estas pirâmides forem coladas às faces do seu cubo, cada cubo torna-se um dodecaedro rômbico e o empacotamento de dodecaedros rômbicos preen­che o espaço completamente, tal como os cubos o fariam, com a diferença de que cada dodecaedro rômbico tem o dobro do volume dos cubos correspondentes.

Wells, David. Dicionário de números interessantes e curiosos. Ed. Gradiva, 1996.

 

30/05/2009.

Sobre números


Número 

 Um símbolo que representa uma quantidade, uma grandeza, uma posição, uma medida. Os símbolos utilizados podem ser de algarismos (26), de letras (vinte e seis) ou outros (lA), sendo que este último é uma mistura de letras e números e corresponde ao número 26 na base hexadecimal.

Número Aleatório 

Número escolhido ao acaso.

Número Amigável 

Número amigável é um par de números onde um deles é a soma dos divisores do outro. Como exemplo, os divisores de 220 são: 1, 2, 4, 5, 10, 11, 20, 22, 44, 55 e 110 cuja soma é 284. Por outro lado, os divisores de 284 são: 1, 2, 4, 71 e 142 e a soma deles é 220.
Fermat descobriu também o par 17.296 e 18.416.
Descartes descobriu o par 9.363.584 e 9.437.056.

Número Ascendente 

Um número natural é chamado número ascendente se cada um dos seus algarismos é estritamente maior do que qualquer um dos algarismos colocados à sua esquerda. Por exemplo, o número 3589.

Número Capicua ou Palíndromo

Um número é capicua ou palíndromo quando lido da esquerda para a direita ou da direita para a esquerda representa sempre o mesmo valor, como por exemplo 77, 434, 6446 e 82328. Para obter um número capicua a partir de outro, inverte-se a ordem dos algarismos e soma-se com o número dado, um número de vezes até que se encontre um número capicua.

Número Cardinal 

É o número de elementos de um conjunto. a característica associada ao número cardinal é a cardinalidade.

Número Cíclico

Cíclicos são números que multiplicados por outro valor menor ou igual ao número de dígitos de que ele possui, seus números vão se repetindo ciclicamente, passando para o final aqueles que estão na frente.

Por exemplo: O primeiro número cíclico é o 142857.
Se este número (que possui seis dígitos) for multiplicado pelos números de 1 a 6 obtemos:
2 x 142857 = 285714  (o 1 e o 4 foram passados para o final)
3 x 142857 = 428571 (o 1 passa para o final)
4 x 142857 = 571428
5 x 142857 = 714285
6 x 142857 = 857142

Se multiplicarmos por 7 o que obtemos é 999999. Isto não é uma casualidade. Esse número (142857) é a parte periódica da divisão 1/7.

O próximo número cíclico é o 0588235294117647.
Se multiplicarmos este número pelos números de 1 a 16 acontece o mesmo que com o anterior. Se o multiplicarmos por 17 resulta em 99999999999999999.

Esses números são raros de encontrar. Outra característica curiosa destes números é a forma que se pode obtê-los:

Pegamos um número primo e calculamos seu inverso (1/p). Se a parte decimal é periódica e o período possui tantos dígitos quanto o número primo menos 1, então este é um número cíclico. Quando dividimos 1/7 se obtém 0,142857142857142857. Note que é periódico e que o período possui seis dígitos

Número Composto

É um número que tem mais do que dois divisores naturais distintos, tais como 4, 6, 12, 15, 49.

Número Decimal

Número no qual a parte inteira é separada da parte decimal por uma vírgula.

Número de Euler 

Número irracional, valor da base dos logaritmos naturais. Seu valor é calculado por

  

Número de Mersenne

São números inteiros da forma Mp = 2p -1. Se Mp é um número primo, o numero p também é. Só são conhecidos 33 números de Mersenne. O último descoberto corresponde a p = 859 433, cujo número de Mersenne é o 2859433 - 1. Não se sabe se há um número infinito deles.

Número de Ouro

O número de ouro não é mais do que um valor numérico cujo valor aproximado é 1,618.

É obtido pela expressão:

Este número irracional é considerado por muitos o símbolo da harmonia.

Número Ímpar 

Um número inteiro que não é múltiplo de 2.
Exemplos de tais números são:

..., –7, –5, –3, –1, 1, 3, 5, 7, 9, ...

Número Inteiro 

Números inteiros são os números naturais e seus opostos, reunidos ao zero. ...,

–3, –2, –1, 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, ...

Número Irracional

Um número que não pode ser escrito sob a forma da divisão de dois números inteiros, tais como:

π = 3,14159 26535

e = 2,71828...

Número Misto

São números que misturam a escrita dos números naturais com a escrita de frações.

Número Natural 

Números naturais são aqueles provenientes dos processo de contagem na natureza. Existe discussão sobre o fato do 0 (zero) ser considerado um número natural uma vez que este foi criado pelos hindús para dar sentido à nulidade de algo.

1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11, ...

Número Ordinal 

O ordinal de um número exprime sua posição em uma sequência, tal como primeiro, segundo, terceiro, vigésimo.

Número Par 

Um número inteiro que é múltiplo de dois.

Exemplos de tais números são:

..., –6, –4, –2, 0, 2, 4, 6, 8, ...

Número Primo 

Um número inteiro maior do que 1, que não é divisível por qualquer outro número exceto por ele e por 1. Um número primo tem somente dois divisores naturais diferentes.

Número Racional 

Um número que pode ser colocado sobre a forma de uma fração, sendo que o numerador e o denominador devem ser dois números inteiros e o denominador não pode ser zero (0).

Número Real

 Todos os números que podem ser marcados em uma reta, a reta real. Compreende os inteiros, os fracionários (conjunto dos racionais) e ainda os irracionais.

Números Regulares

Um número é dito regular se sua decomposição em fatores primos apresenta apenas potências de 2, 3 e 5.

Números Complexos 

São números da forma a + bi onde a é a parte real e b o coeficiente da parte imaginária definindo-se:

i =

Números de Fermat 

Números da forma:

{\displaystyle F_{n}=2^{2^{n}}+1}

Números Negativos 

Todos números menores que zero.

Números Positivos 

Todos os números maiores que zero.

Números Pitagóricos 

São os inteiros que cumprem a equação de Pitágoras a2 + b2 = c2 . Por exemplo: 3, 4 e 5.

Números Romanos 

Tipo de algarismos usado pelos romanos com a utilização de letras. Ainda hoje bastante utilizados por exemplo, para designar os séculos. Neste sistema um algarismo de  menor valor colocado à esquerda subtrai ao maior: 9 é representado por 10 - 1 (IX), 90 por 100 - 10 (XC) . Se o algarismo menor está à direita do maior soma-se: 11= 10 + 1 (XI).

Números Transcendentes 

São os números que não são algébricos. Não existe nenhum polinômio de coeficientes inteiros de que sejam raiz. O número Pi, por exemplo, é um número transcendente porque não se pode obtê-lo como raiz de nenhum polinômio de coeficientes inteiros. Os números transcendentes são infinitos e há muito mais do que números algébricos (que são aqueles que se podem obter como raiz de um polinômio de coeficientes inteiros). Raiz de 3 é um número algébrico, já que é solução da equação x2 - 3 = 0.


30/05/2009.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

A Bênção do Sol

 

A cada 28 anos, período de duração do ciclo solar, os judeus recitam uma benção especial – Bircat Ha’Chamá, a Bênção do Sol.

 

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A cada 28 anos, o sol completa um ciclo e volta ao lugar que ocupava quando foi criado por D'us, no quarto dia da Criação. 

De acordo com o Talmud, o calendário judaico é baseado na opinião de Mar Shmuel, um dos grandes Sábios da época dos Amoraim - a geração que sucedeu os Tanaim. No judaísmo há uma combinação entre o calendário lunar e solar de tal modo que a festa de Pessach, que segue o cálculo lunar, cai sempre na estação da primavera. Já que a diferença entre o calendário lunar, de 354 dias, e o solar, de 365 dias, é de 11 dias, por isso a cada 2 ou 3 anos acrescentamos mais um mês de Adar. Para ser mais exato, segundo Mar Shmuel, o ano solar dura 365 dias e mais um quarto de dia, ou seja, 52 semanas, um dia e um quarto.

Os astrônomos definem um ano solar como sendo o período entre dois inícios consecutivos de uma mesma estação - por exemplo, dois inícios da primavera - e sua duração corresponde ao tempo que a Terra leva para completar uma volta em torno do Sol: aproximadamente 365 dias solares e seis horas.

Para entender como calcular o ciclo solar de 28 anos, consideremos que o Equinócio da Primavera - isto é, a data em que o dia e a noite duram exatamente o mesmo tempo (12 horas) - caia numa 3ª. feira, às 18h00. Como o ano solar dura 365 dias mais um quarto de dia, o Equinócio da Primavera do ano seguinte ocorrerá numa 4ª. feira, à meia-noite (52 semanas, um dia e seis horas depois). No ano seguinte, o Equinócio da Primavera cairá numa 6ª. feira, às 6h00. Só depois de 28 anos é o que o sol retornará para o Equinócio da Primavera novamente em uma 3ª. feira, às 18h00.

Para marcar esse momento, nossos Sábios instituíram uma bênção especial, na qual expressamos nosso reconhecimento a D'us por Ele ter criado o mundo. A bênção é a seguinte: "Bendito és Tu, Eterno, nosso D' us, Rei do Universo, que efetivas a obra da Criação".

Há um motivo para que o o Equinócio da Primavera, ocorrido numa 3ª.feira às 18h00, seja escolhido como ponto de partida de nossos cálculos - o primeiro mês do ano hebraico, Nissan, se inicia no Equinócio da Primavera, e, segundo a Torá, o Sol foi posto em órbita durante o Equinócio da Primavera, que ocorreu no quarto dia da Criação, às 18h00. Temos que lembrar, também, que o primeiro dia da semana judaica é o domingo e o dia no judaísmo se inicia com o pôr-do-sol. O quarto dia da Criação, quando o sol foi posto em órbita, iniciou-se, portanto, numa 3ª. feira à noite, às 18h00. Assim sendo, sempre que o sol alcança novamente este ponto de partida, às 18h00 de uma 3a. feira - e isto só se dá em intervalos de 28 anos - a Bênção do Sol, o Birkat Ha'Chamá, é recitada na manhã seguinte, ao amanhecer.

Este texto foi extraído do artigo A Bênção do Sol de autoria do Rabino Avraham Cohen publicado na Revista Morashá Edição 63 - dezembro de 2008.

Para saber mais consulte:

http://www.morasha.com.br/conteudo/artigos/artigos_view.asp?a=783&p=0

domingo, 17 de maio de 2009

Fórmula matemática define o rosto perfeito

 

Vitruvio

Os antigos gregos foram os primeiros a observar que animais e plantas crescem de acordo com leis matemáticas. Então, pensaram eles, só deve haver uma maneira de resolver o problema da estética: equacionar os padrões de beleza e transformá-los em fórmulas matemáticas. Porém, foi somente depois de muitos séculos que o gênio renascentista Leonardo da Vinci descobriu a medida exata da beleza humana, conhecida como proporção áurea.
Segundo essa equação, o corpo e o rosto, quando são bonitos, apresentam uma determinada proporção matemática: de 1 para 1,618. Esta seria a relação de equilíbrio e simetria ideais para um corpo ou um rosto humano serem considerados bonitos. Levando em conta essa regra, a largura da boca é 1,618 maior do que a largura do nariz. E a largura da boca ideal, por sua vez, deve ser 1,618 maior do que a distância entre seu canto externo e a ponta da bochecha.
Até os dentes entram no esquema. Assim, a largura do dente incisivo central deve ser 1,618 maior do que a largura do incisivo lateral. Ou seja: a simetria facial, universalmente encarada como um fator determinante de saúde e beleza para homens e mulheres, poderia se resumir na proporção ideal de 1 para 1,618.

 

Publicado no Portal Terra em 17/05/2009.

Fórmula matemática define o rosto perfeito

domingo, 19 de abril de 2009

A Clotóide

 

Clotoide Vemos na figura ao lado uma das curvas mais famosas e mais estranhas da Matemática. É chamada clotóide. O seu nome vem do grego Klothos (eu fio). A clotóide é a curva que se enrola e não pode parar de se enrolar.

É gerada por um ponto M, que a partir de um ponto O (num sentido ou no outro) percorre uma circunferência cujo raio é inversamente proporcional ao arco OM percorrido pelo ponto M. Como o raio de curvatura vai diminuindo, a curva vai se enrolando como se fosse uma espiral. A clotóide foi mesmo denominada espiral de Cornu (1814 – 1902) que a descobriu ao estudar (1864) o fenômeno da difração.

A clotóide foi analisada pelo suíço Jacques II Bernoulli (1759 – 1789), neto do suíço Jean Bernoulli.

Ocorre com a clotóide uma particularidade: A curva tem dois pontos extremos que são inatingíveis. São pontos assintóticos da clotóide.

 

Tahan, Malba. As maravilhas da Matemática, p.177. Edições Bloch, 1973.

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